quinta-feira, 24 de março de 2011

Tudo para a insegurança

Depois de uma longa vida
Com pedras, abanões e tempestades
Que fui eu fazer por algo que não tenho a certeza?
Antes via-me ao espelho e conseguia dizer:
Estou completa!
Ou: estou feliz!
Mesmo desconhecendo realmente o que é.
Hoje, digo:
Será que é o melhor?
Será o caminho?
Será temporário?
Nunca há certezas,
E continuo sem saber o que realmente é.
Num rio de pensamentos consigo baralhar me
Neste labirinto de incertezas
E de resultantes tristezas
Em que o medo espanta.
Necessito de um guia
De um caminho
De uma certeza.
Mas sobretudo quero conseguir olhar me ao espelho.

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